Icarus (Anjo)

Nome: Icarus
Idade: 500
Idade Aparente: 8
Personalidade: Desastrado, porém animado, resolveu assumir uma personalidade próxima de sua idade física. Acostumou-se a ela e reclamou-a para si, tornando-se cada vez mais pueril. Ama doces, mas não despreza uma travessura e sempre exige o aperitivo como pagamento para algo que ele julga difícil ou entendiante de se fazer. Odeia todas as suas habilidades como Hasmalin, mas frequentemente é visto sem opção e as usa. Após a Queda, passou a ignorar toda sua fé em seu Criador e começou a nutrir paixão pelos humanos. Um anjo sem juízo, em poucas palavras.
Raça: Anjo da espécie Hashmalin.
Profissão: Dublê de Corpo - Show Business.
Localidade: Seattle, Washington.
Apartamento: Não.
História do Personagem: Desconstituído de seu cargo no Céu após sua Queda, Icarus passou à conviver com os humanos como se fosse um deles. Suas memórias do Céu se tornaram vagas após toda aquela bagunça dos humanos, a qual fascinava Icarus como nada no universo. Está no mundo dos mortais desde a Primeira Guerra Mundial, e desde então tem dado o seu jeito para sobreviver diante de tantas dificuldades. Acompanhou de perto os maiores e os mais terríveis feitos já concluídos pelos humanos, como as negociações para a criação do Tratado de Versalhes e até mesmo os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001. Tais fatos não diminuiram e nem aumentaram seu amor pelos humanos, tal qual continuou incólume desde a chegada à Terra. Mesmo assim, sabe muito bem discernir o bem do mal, e compreende em quem deve confiar ou não.
Uma pequena narração de você matando, ou ajudando um agente da U.M.B.R.A.E:
Suas asas se desenrolaram exatamente no ponto onde suas omoplatas se juntavam, fazendo um grande barulho como um bando de pássaros alçando voo. O par dourado de asas com riscas pretas entremeadas por toda suas extremidades iluminava o céu frio e úmido de Seattle. Ao seus pés, a cúpula da torre Space Needle, o cartão postal da cidade. Seus olhos da cor do cobalto percorriam a cidade com ferocidade, acompanhando os movimentos estranhos daquele humano superdotado que pedira sua ajuda no dia anterior. À julgar pelos clarões e pequenas explosões, estava lutando de igual para igual com um monstro qualquer. Viu-se considerando o pedido do agente daquela organização governamental - a UMBRAE -, mas acreditava que aquele humano não pagaria o preço que exigiria pela sua ajuda.
Bateu as asas com garbosidade e pulou da torre, abrindo os braços e gritando para quem quisesse ouvir o anúncio de sua chegada. Estabilizou-se no ar e planou até estar próximo o suficiente para ajudar o homem de longe.
— Eis a minha condição! — gritou, sorrindo para o agente — Ajudarei você se após nossa batalha, você me comprar uma grande quantidade de doces. Ouviu? Grande! Doces!
Sem esperar uma resposta, ergueu o braço direito e deixou o bracelete no seu antebraço cintilar. Mas quando o adversário dos dois apareceu atrás do agente, Icarus choramingou e quase voltou à se empoleirar na torre Space Needle. Era uma mulher esbelta, de cabelos castanhos e seios fartos, com os olhos negros como a noite.
— Um demônio?! Você me pede ajuda para lutar com um demônio?! Cara, ela vai depenar minhas asinhas!
Bateu as asas freneticamente para mostrar seu medo de perder a habilidade de voar. O agente não argumentou, já estava desviando dos ataques da demônio que não perdia uma oportunidade. Icarus estalou a língua em um muxoxo e apontou dois dedos para o monstro como se fosse uma pistola. Com a outra mão, deslizou os dedos pelo antebraço como se estivesse retesando a corda de um arco. Imediatamente, uma flecha de luz se materializou, aumentando seu brilho gradativamente. Quando soltou a seta, esta se auto-disparou acompanhada de um estrondo como o barulho de um disparo de revólver.
— Aprecie o poder de minha palma!
A flecha atingiria o monstro, se o agente não fizesse um movimento errado e entrasse na linha de percurso da seta. A luz perfurou o pescoço do homem superdotado, que arquejou e despencou de joelhos no chão. Icarus arregalou os olhos e tapou a boca com as mãos. Havia matado o agente sem querer. Maldito azar!
— Oops, sem doces para Icarus... — disse, sentindo o olhar ficar marejado de lágrimas. — Eu quero doces...
A mulher demônio gargalhou e encarou Icarus, com um sorriso agradável no rosto. Parecia estar agradecendo. O pequeno anjo franziu as sombrancelhas e mostrou a língua para o monstro. Voltou batendo as asas para a torre Space Needle, apático. Quando voltou à sua posição inicial, passou-se a chorar como uma criança.
No fim de tudo, teria que esperar outra oportunidade para ganhar seus doces.